Deixei minha religião, e agora?

Estima-se que existem mais de 10 mil religiões pelo mundo e elas têm sua influência na vida das sociedades, em seu modo de pensar e de agir.
E como milhões de brasileiros, fui criado na Igreja Católica. Vivi os preceitos da igreja, mas nunca com uma profundidade de espírito, vivi momentos de comunhão com o divino e amor ao próximo, mas trocava missas por episódio final de novela.
Até que no final de 2004, com 16 anos, comecei a estudar a bíblia com uma denominação religiosa  e uma revolução espiritual aconteceu na minha vida. Passei a crer que essa organização era a unica que possuía a "verdade" e aos poucos passei a me moldar a todas as doutrinas baseadas em princípios da bíblia, como não comemorar aniversários, ano novo, carnaval, dia dos pais, dia das mães, natal, não participar de amigo secreto, não brindar, não doar sangue, não fazer faculdade, não cantar o hino nacional, não fazer hora extra no trabalho que possa perder as reuniões, não votar, não participar do exército, ou seja, foram muitas mudanças na minha vida, porém achava que essa fé era única e que se cumprisse os preceitos seria salvo para uma vida num paraíso restaurado, aqui na terra mesmo, onde haveria paz, justiça e a morte não existiria mais.
Foram muitos anos, muitas coisas boas e ruins, amigos, momentos de diversão, de fé e de esperança.
Contudo, agora em 2016, descobri, que o passado da religião está cheio de incoerências e falsas datas e profecias de fim de mundo (1914,1925,1975, 2034), e uma recente associação com a ONU de 1991 a 2001, sendo que em suas publicações citam esse órgão como que usado por Satanás, além da expulsão de membros da religião causando separações familiares, sem falar das mortes pela não utilização de transfusão de sangue, e sobretudo a falta de amor entre os participantes que é o verdadeiro sinal da fé em Cristo.
Estou nesse processo de saída dessa fé após 10 anos, não é nada fácil, porém ao mesmo tempo é libertador. Me aproximei de outras pessoas que saíram e descobri muitos com problemas psicológicos e familiares. Atualmente, estou me conectando com Deus como fonte abundante do universo e que quer o nosso melhor, respeito tudo e todos sem julgamentos. Acredito que devemos aceitarmos e viver a integração das diferenças com respeito.